terça-feira, 16 de junho de 2009

O que é a ética jornalística?

"A palavra Ética tem origem no grego ethos, que significa modo de ser, caráter. Através do latim mos (ou no plural mores), que significa costumes, derivou-se a palavra moral. Em Filosofia, Ética significa o que é bom para o indivíduo e para a sociedade, e seu estudo contribui para estabelecer a natureza de deveres no relacionamento indivíduo - sociedade."

Não poderia começar esta reflexão sem começar por definir o que é a Ética.
De facto, desde muito cedo que a Ética é um dos valores que nos é transmitido. Mas será que todos a aplicamos no dia-a-dia?
Essa questão toma especial relevância em algumas profissões, nesta reflexão debruçar-nos-emos especialmente sobre a dimensão ética no Ciberjornalismo. Ou seja, de que modo a ética pode ser preservada num meio ainda em evolução? Será que existe esperança para os princípios éticos que devem fazer parte da base de formação de qualquer jornalista? Vou mais longe ainda: Será que existe uma ética específica no Ciberjornalismo?

É a ética que mostra o comportamento desejável e esperado do jornalista profissional.
No entanto, não se deve confundir a ética com a deontologia jornalística. A deontologia está ligada aos deveres e obrigações que regem a profissão, a ética tem a ver com a forma como o jornalista se sente ou não "obrigado" a cumprir os princípios éticos que definiu como sendo os correctos. No fundo tem a ver com as escolhas que cada um faz relativamente a coisas tão simples como: "Devo publicar esta notícia, mesmo que saiba que vou prejudicar muita gente ao fazê-lo? " ou "Devo revelar a identidade da minha fonte já que assim a notícia que estou a escrever terá maior impacto já que é uma pessoa relativamente conhecida?"

A passividade não é uma palavra que se possa encontrar associada ao jornalista. O jornalista deve ser um observador de tudo o que se passa à sua volta, bem como, o porta-voz da "opinião publica" e da empresa comercial, para a qual trabalha, que não olha a meios para chamar a atenção do público e aumentar as suas vendas. É esta normalmente a questão que leva a que nem sempre seja o caminho da ética o seguido. Interesses mais altos, nomeadamente as ditas audiências e os lucros acabam por falar mais alto...

Na Internet a informação que se coloca não é tão controlada como noutros meios. Embora seja óbvio que, estando cada vez mais os jornais a apostar na manutenção de um jornal em suporte papel que depois terá a sua versão online, não seja concebível que se existe respeito pelos princípios éticos no jornal em suporte papel não vá existir na versão online.

Feito o enquadramento do tema, irei tentar dar resposta às questões levantadas.

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