quarta-feira, 17 de junho de 2009

Num mundo onde todos são repórteres!



A Internet é um media do futuro e é nele que todos os cidadãos estão em constante contacto com a realidade. Este meio favorece que o cidadão-repórter se torne uma realidade, ou seja, a Internet permite que o indivíduo crie a sua própria informação e relate aquilo que vê, contacte com quem quer, conhece e passeia pelo mundo inteiro sem sair da cadeira, apenas com um ‘clique’ ele pode ter acesso à mais diversa e sofisticada informação e pode também criar a sua própria informação. Em Portugal tem vindo a crescer, o recente Ireporter, já incentiva o jornalimo do cidadão, mas em Espanha, existem vários jornais que incentivam a existência de cidadãos-repórteres, como, por exemplo o El Correo Digital.

O cidadão contribui assim com material informativo, nomeadamente vídeos, fotos, fontes e comentários. É, portanto, uma participação activa na divulgação de conteúdos e assinala uma nova viragem na imprensa e nos media. Assistimos a uma democratização da informação.

Mas... Num mundo onde todos são ou podem ser repórteres será que o jornalismo on-line exige uma nova ética?

A resposta mais comum tem sido a de que os grandes valores jornalísticos devem ser reforçados: o rigor, a intenção de verdade, a intenção de objectividade, os princípios da verificação da informação e da contrastação de fontes, etc. Talvez não haja, assim, nada de verdadeiramente novo no campo da ética profissional, mas sim a reformulação da postura ética tendo em conta as novas variáveis trazidas pelo ciberjornalismo.

Por exemplo, se o jornalista vai a um chat em busca de informações, deve identificar-se como jornalista ou não? Que links devem ser colocados numa notícia? Como ultrapassar o problema da instantaneidade e como e quando corrigir informação falsa? Como distinguir informação de publicidade, reportagem e reportagem de mercado?

São questões ao mesmo tempo novas e velhas que parecem confirmar que os valores que norteiam a profissão de jornalista são os valores que a devem nortear no futuro e que num mundo sobre-informado, no qual há fortes pressões que podem vir a diluir as fronteiras do jornalismo, a imposição dessas fronteiras, ou desses limites, àquilo que é e não é jornalismo, se torna ainda mais necessária...

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