
O surgimento da Internet trouxe para o mundo dos meios de comunicação social novas configurações e novas oportunidades de trabalho. Por esta razão assistiu-se nos últimos anos a um aumento dos órgãos de comunicação interessados neste suporte devido às suas vantagens, sendo que uma delas é a capacidade de interactividade, multimédia e personalização. Um meio diferente exige competências diferentes por parte dos jornalistas, que acabam por ter também um perfil diferente do habitual.
Assim, nos diversos meios digitais portugueses – Diário Digital, Directo.co.pt, Público.pt, Portugal Diário, entre outros – são os jovens que mais marcam presença entre os profissionais.
Hélder Bastos, editor da redacção norte do Diário de Notícias e autor do livro «Jornalismo Electrónico - Internet e Reconfiguração de Práticas nas Redacções», considera o jornalista digital «um profissional que trabalha num novo meio, a Internet, e ópera com ferramentas de trabalho diferentes do jornalista tradicional. É alguém que está preparado para trabalhar num ambiente hipertextual e interactivo». Este editor prefere usar a expressão «ciberjornalista» para denominar estes profissionais.
Por seu lado, Filipe Rodrigues da Silva, editor do Diário Digital, afirma que «o jornalista digital não é mais do que um profissional de comunicação a trabalhar num meio (mais ou menos) novo, muito específico, com determinadas características e regras de forma e conteúdo».
Duas opiniões em contradição e com as quais acabo por ter que concordar, primeiro porque de facto quem trabalha em jornalismo digital tem que ter outras competências, no entanto também é verdade que apesar de usar ferramentas diferentes não deixa de ser um profissional de comunicação, não deixa de ser um jornalista.
O aparecimento de vários órgãos de informação online trouxe alterações em relação ao trabalho do jornalista. Para Hélder Bastos «as relações entre o jornalista e as suas audiências modificam-se no sentido de uma maior interactividade. A exigência de saber na manipulação de software específico e na construção de "pacotes" multimédia em forma de notícia são pontos significativos em que o trabalho do ciberjornalista se distingue dos seus colegas e dos média tradicionais».
Para actuar neste novo ambiente multimédia é necessário que os jornalistas adquiram novas competências, para além das necessárias na actividade do jornalismo “dito tradicional” – rádio, televisão e jornais. Hélder Bastos considera que é sobretudo necessário «ter competências técnicas, mas também aprender (e apreender) uma nova linguagem e cultura, ou cibercultura».
Já Rodrigues da Silva também defende a importância das competências técnicas, e dá exemplos: «conhecimentos ou noções de desenho de páginas web, de certos «ambientes informáticos» e programas de texto; de saber «colocar e trabalhar» fotos e legendas, dominar um pouco de linguagem de programação, como HTML ou XML, para utilizar comandos que permitam dar tratamento gráfico ao texto que não estejam previstos no sistema de gestão do jornal».
As questões éticas e deontológicas do jornalista num novo meio de comunicação também se revelam pertinentes, aliás a ética e a deontologia nunca devem estar afastadas da área da comunicação. Hélder Bastos considera que «hoje, as problemáticas mais evidentes relacionam-se, por exemplo, com a possibilidade que os produtos jornalísticos na Web proporcionam de interpenetrar informação e publicidade» e lança algumas questões interessantes:
Apesar de existirem estas novas questões éticas e deontológicas, Hélder Bastos considera que «há um tronco ético e deontológico comum entre jornalistas “tradicionais” e “ciber”, que deverá ser respeitado». Filipe Silva, por seu lado, defende que «as questões de ética e deontologia são as mesmas. O suporte do meio de comunicação pode ser distinto, mas os jornalistas regem-se pelos mesmos princípios e códigos» e alerta para o facto de «nunca deixamos de ser jornalistas por sermos ciberjornalistas ou jornalistas online, mantemo-nos fiéis à verdade, defendemos e protegemos as fontes, não discriminamos raças, crenças ou religiões». Para este editor «estes exemplos e outras regras permanecem válidos e fundamentais para um jornalista digital», e conclui: «é isso que dá credibilidade e nos pode tornar uma referência».
Na minha opinião e referindo os artigos 2 e 4 do código deontológico do jornalista: “o jornalista deve combater a censura e o sensacionalismo e considerar a acusação sem provas e o plágio como graves faltas profissionais.”, “O jornalista deve utilizar meios leais para obter informações, imagens ou documentos e proibir-se de abusar da boa-fé de quem quer que seja. A identificação como jornalista é a regra e outros processos só podem justificar-se por razões de incontestável interesse público.”. Deste modo estará a trabalhar de modo a preservar a sua ética pessoal e do seu trabalho.
Assim, nos diversos meios digitais portugueses – Diário Digital, Directo.co.pt, Público.pt, Portugal Diário, entre outros – são os jovens que mais marcam presença entre os profissionais.
Hélder Bastos, editor da redacção norte do Diário de Notícias e autor do livro «Jornalismo Electrónico - Internet e Reconfiguração de Práticas nas Redacções», considera o jornalista digital «um profissional que trabalha num novo meio, a Internet, e ópera com ferramentas de trabalho diferentes do jornalista tradicional. É alguém que está preparado para trabalhar num ambiente hipertextual e interactivo». Este editor prefere usar a expressão «ciberjornalista» para denominar estes profissionais.
Por seu lado, Filipe Rodrigues da Silva, editor do Diário Digital, afirma que «o jornalista digital não é mais do que um profissional de comunicação a trabalhar num meio (mais ou menos) novo, muito específico, com determinadas características e regras de forma e conteúdo».
Duas opiniões em contradição e com as quais acabo por ter que concordar, primeiro porque de facto quem trabalha em jornalismo digital tem que ter outras competências, no entanto também é verdade que apesar de usar ferramentas diferentes não deixa de ser um profissional de comunicação, não deixa de ser um jornalista.
O aparecimento de vários órgãos de informação online trouxe alterações em relação ao trabalho do jornalista. Para Hélder Bastos «as relações entre o jornalista e as suas audiências modificam-se no sentido de uma maior interactividade. A exigência de saber na manipulação de software específico e na construção de "pacotes" multimédia em forma de notícia são pontos significativos em que o trabalho do ciberjornalista se distingue dos seus colegas e dos média tradicionais».
Para actuar neste novo ambiente multimédia é necessário que os jornalistas adquiram novas competências, para além das necessárias na actividade do jornalismo “dito tradicional” – rádio, televisão e jornais. Hélder Bastos considera que é sobretudo necessário «ter competências técnicas, mas também aprender (e apreender) uma nova linguagem e cultura, ou cibercultura».
Já Rodrigues da Silva também defende a importância das competências técnicas, e dá exemplos: «conhecimentos ou noções de desenho de páginas web, de certos «ambientes informáticos» e programas de texto; de saber «colocar e trabalhar» fotos e legendas, dominar um pouco de linguagem de programação, como HTML ou XML, para utilizar comandos que permitam dar tratamento gráfico ao texto que não estejam previstos no sistema de gestão do jornal».
As questões éticas e deontológicas do jornalista num novo meio de comunicação também se revelam pertinentes, aliás a ética e a deontologia nunca devem estar afastadas da área da comunicação. Hélder Bastos considera que «hoje, as problemáticas mais evidentes relacionam-se, por exemplo, com a possibilidade que os produtos jornalísticos na Web proporcionam de interpenetrar informação e publicidade» e lança algumas questões interessantes:
- «Qual o posicionamento que o jornalista deve adoptar? Sentir-se-á confortável ao assinar uma crítica a um livro tendo na mesma página um "banner" de uma livraria online?».
Apesar de existirem estas novas questões éticas e deontológicas, Hélder Bastos considera que «há um tronco ético e deontológico comum entre jornalistas “tradicionais” e “ciber”, que deverá ser respeitado». Filipe Silva, por seu lado, defende que «as questões de ética e deontologia são as mesmas. O suporte do meio de comunicação pode ser distinto, mas os jornalistas regem-se pelos mesmos princípios e códigos» e alerta para o facto de «nunca deixamos de ser jornalistas por sermos ciberjornalistas ou jornalistas online, mantemo-nos fiéis à verdade, defendemos e protegemos as fontes, não discriminamos raças, crenças ou religiões». Para este editor «estes exemplos e outras regras permanecem válidos e fundamentais para um jornalista digital», e conclui: «é isso que dá credibilidade e nos pode tornar uma referência».
Na minha opinião e referindo os artigos 2 e 4 do código deontológico do jornalista: “o jornalista deve combater a censura e o sensacionalismo e considerar a acusação sem provas e o plágio como graves faltas profissionais.”, “O jornalista deve utilizar meios leais para obter informações, imagens ou documentos e proibir-se de abusar da boa-fé de quem quer que seja. A identificação como jornalista é a regra e outros processos só podem justificar-se por razões de incontestável interesse público.”. Deste modo estará a trabalhar de modo a preservar a sua ética pessoal e do seu trabalho.
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